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BIOGRAFIA
 

Aos nove anos de idade conheci o violão, fiz um pouco do clássico e logo comecei a tirar minhas músicas prediletas de ouvido, pois ler partitura era terrível, pedia ao professor para tocar na minha frente, fingindo que lia as benditas notinhas, e na verdade meu ouvido estava decorando tudo ou quase tudo vindo daquele violão. Led Zeppelin foi minha primeira fixação na música, influência do meu irmão mais velho, aos doze anos já estava tocando algumas coisas dessa banda incrível, junto de Legião Urbana, Engenheiros do Havaí, Paralamas do Sucesso e outros. Tocava sem parar, horas e horas por dia, dai pintou minha primeira banda, ela se chamava Spy Spy, com meu outro irmão na bateria e um amigo no baixo e voz. Nessa época embalamos festinhas de quinze anos e apresentações na escola. Um dia, tocando meu violão na pracinha na frente da minha casa uns colegas me chamaram para tocar na igreja, eu topei! No começo achei estranho, uma coisa muito rígida, mas era público certo, umas trezentas pessoas por domingo. Certa vez, num dos ensaios com o grupo, mandei um Stairway To Heaven na minha guitarra, um som mágico e celestial reverberou nas paredes da igreja, indo direto para o ouvido do padre, que obviamente me advertiu, dizendo para nunca mais tocar música "do mundo" naquele lugar. Como um bom adolescente, me mandei de lá, não entendendo essa separação, logo com o Led, tão celestiais! 

Fui tocar com minha segunda banda, chamada Lost Soul. Uma banda com ares profissionais, com suas próprias músicas, estilo. Neste momento as coisas começaram a mudar de cor e sabor. Com essa banda viajei para cidades próximas, Maringá, Londrina, Presidente Prudente, agitando minha cabeleira e curtindo com meus amigos do Heavy Metal. A banda acabou, eu tinha 18 anos. Foi quando a literatura bateu na minha porta, comecei ler com muito gosto e intensidade, de Sócrates à Jorge Amado, um hábito que me acompanha na vida. 

Veio o vestibular e comecei a estudar Psicologia mudando de ares na música também, entrei para uma banda de Rock Alternativo chamada Celofan. Outro universo, outras festas, outras garotas. Me diverti pra caramba. Foi aqui que o vocalista me incentivou a cantar mais. Sempre fazia backing vocals e fui ganhando confiança com esse apoio amigo. Aqui o blues começou a fazer parte da minha vida, minha segunda fixação. Mergulhei à fundo estudando Robert Johnson, B.B King e Freddie King e Rolling Stones. No terceiro ano da faculdade, comecei a fazer análise, o psicanalista era o prefeito da cidade na época, foi um grande encontro na minha vida, hábito que nunca mais deixei. Nesse processo de desconstrução e conhecimento, fui me assumindo na música mais seriamente, afinal de contas desde meus nove anos estudava música, aos doze já era professor de guitarra e violão, tive bandas, comecei a compor...

Nesse momento montei a minha primeira banda profissional, a Soldado Marimbondo, comigo na guitarra e voz, David no baixo e Joe na bateria. Assumi os vocais de vez e comecei a compor. A música brasileira também foi novidade, agora mais maduro musicalmente comecei decifrar as difíceis harmonias da Bossa Nova, minha terceira fixação na música. Um outro encontro foi fundamental para me tornar músico profissional. Foi quando fui ver um amigo tocar, o Nevilton. Esse cara estava anos luz à frente da música. Seu trabalho estava rolando no Brasil todo e nesse dia eu cheguei meio tímido pra ele e disse que tinha umas músicas, uns rabiscos e que gostaria de gravar. Na hora, pragmático com ele é, respondeu. "Cara estou me mudando pra SP daqui dois meses, bora gravar na segunda feira"? Gravamos o primeiro EP da minha vida. Que viagem! Com a minha banda começamos a tocar em cidades próximas, festinhas no meio do nada, festivais universitários, e comecei a viajar com o Nevilton, as vezes fazendo baixo pra eles, quando Lobão, baixista mor, não podia fazer. Conheci São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Nada mau para um caipira.

Thiago Juliani ainda estudante de psicologia em Umuarama (PR), fundou em 2010 a banda Soldado Marimbondo, tocando em festivais e clubes na sua região. Na mesma época, como músico acompanhante, tocou o artista Nevilton em São Paulo (Festival Outras Noites), Rio de Janeiro (Teatro Oi Futuro) e Brasília (Festival Móveis Convida). Escolheu a cidade de São Paulo para viver, onde mora desde 2011. Na capital, tocou em clubes na rua Augusta no bairro de Pinheiros e arredores, conhecendo artistas de todo lugar do Brasil, onde se conectou bastante com músicos de Belo Horizonte. Nesta época, ainda com sua banda, gravou dois Eps no interior de Minas Gerais em 2014 e 2015. Fez shows em BH e região, participou do (Festival BH Music Station). Foi elogiado na revista Guitar Player, como um dos grandes guitarristas da sua geração. Participou da primeira edição do projeto Converse Rubber Tracks, gravando um single com o Produtor Hector Castillo (que já gravou David Bowie, Roger Waters, Bebel Gilberto, Bjork e outros).

Em 2016  lançou seu primeiro trabalho solo, o Ep "A Estrada”, tocando na primeira edição do projeto Sofar Sounds São Paulo e lançou o vídeo clipe do single "A Estrada". Neste ano foi guitarrista da banda A Serviço do Rei (Elvis Presley), tocando na noite Paulistana. 

 

Em 2017 fez parte do projeto Sunday Folk, que reuniu artista cancioneiros, no Piratininga bar, na Vila Madalena. "Durante três meses conhecemos muita gente boa, Jônavo, Nô Stopa, Felipe Câmara, Neto e Felipe, e artistas já consagrados como a Roberta Campos, Teatro Mágico e da velha, Zé Geraldo, Tavito e Lucinha Turnbull. Com a dupla Neto e Felipe (The Voice) foi diferente. O amor pela música e principalmente por Crosby, Still, Nash e Young fizeram dessa parceria algo mágico e duradouro. Fizeram shows em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, no formato de trio vocal basicamente. Começaram a compor juntos e desde então a parceria continua.  Ainda em 2017 foi guitarrista de apoio do cantor André Frateschi e da banda Odara (MPB).

Em 2018, nasceu os Araucários, projeto paralelo junto com Edu Franz, também músico paranaense. O duo de Folk lançou o single "Não Vou Mais Fugir", pelo selo “Seta Reta”. Do single nasceu o lindo clipe gravado na fazenda Ipanema - SP, que pertencia ao Imperador D. João VI, lugar histórico e cheio de simbolismos. Ainda em 2018 o duo lançou outro single chamado "Logo Cedo". Em Maio de 2019 lançaram o single "Vem Cuidar", com a produção musical de Jeff Pina (Tiago Iorc, Anavitória). 

No fim de 2019, com seu trabalho solo, lançou dois novos singles também gravados com Jeff Pina. O trabalho foi lançado pelo selo Seta Reta. São eles “Ela Foi” e “Me Escreva”. Cada música foi acompanhada de um vídeo clipe. Neste período Thiago Juliani experimenta um pouco do universo da música Pop, ele comenta: “ Eu queria entender como esse pessoal grava, como fazem no estúdio, quem são os músicos e produtores que estão por trás desse som que comunicam tanto para as massas”. O show de destaque esse ano foi no Festival Musinic, na cidade de Guaíra-PR.

Em 2020, produziu seu primeiro álbum, “Thiago Juliani” junto de Neto Ferreira. Com o acontecimento da pandemia, decidiu ir para um sítio no interior de São Paulo. “Esse álbum é fruto de todas essas experiências que vivi com a música desde os meus primeiros anos de idade. Das aulas de violão clássico aos nove anos, passando pelo blues e rock na adolescência e agora na minha fase adulta, onde o encontro com a MPB se deu de forma natural. Thiago conta que “assumir esse lado de produzir, de pensar em texturas, referências musicais, decidir caminhos por onde a música iria percorrer, foi algo que aconteceu naturalmente, fruto das experiências com produtores, com a vida, com percorrer o país e entrar em contato com toda a riqueza e complexidade socioculturais de que fazemos parte”. Seu primeiro álbum contou com quatro videoclipes lançados.


Em 2021 lançou pelo selo 3Sons o EP "Sorte Junto”. A música de trabalho Sorte Junto foi produzida por Dudinha (Rael, Criolo e Rhonda) e na engenharia de som, foi o Tofu (Grammy Latino com Amarelo do Emicida. “A canção tem uma batida latina, nossa, sul americana. “Usamos muitos equipamentos analógicos e praticamente não tivemos edição. Isso trouxe uma naturalidade que andava buscando faz tempo”. Até hoje quando me perguntam qual é meu estilo, não é fácil responder. Digo que é MPB, pois faço canções populares, cantadas em português. Minhas referências vão de Dorival Caymmi ao Robert Johnson, de Caetano Veloso ao Jimi Hendrix. E vejo em todos eles algo em comum, o mistério dos tons, a doçura das palavras, a força do ritmo”. O EP contou com dois videoclipes lançados. A estreia desse momento foi com o show no Teatro da Rotina em São Paulo. Logo em seguida veio o convite para o show do Festival de Pinheiros 2022, seguindo de apresentações em formato voz e violão, em cafés e palcos menores da capital e no interior de São Paulo e Paraná. Thiago tocou no desfile de moda da marca brasileira Morena Rosa, algo inédito para o artista. Ainda em 2022, lançou dois vídeos ao vivo, tocando músicas do EP Sorte Junto. A sessão de gravação contou com Dudinha no baixo, Chapolla na bateria e o engenheiro de som Tofu Valsechi. O registro captou a essência do artista, que navega entre solos poderosos de guitarra na música Pele, até a sutileza do violão brasileiro em Sorte Junto.

O artista retornou para Minas Gerais, e produziu ao longo do ano seu novo álbum com dez músicas inéditas. Em parceria com o produtor Fred Calazans deu forma à canções que se alimentaram na fonte do Clube da Esquina e nos tambores afro-brasileiros. Finalizou o ano com o lançamento do single Não Vou Mais Fugir feat. ALKS.

 

 ÁLBUM DOIS

Dois foi gravado no interior de Minas Gerais, teve a produção de Thiago Juliani e Fred Calazans. Neste lugar o compositor encontrou a calma e o amálgama musical que tanto buscava, os tambores Afro-brasileiros junto das sofisticadas harmonias dos compositores mineiros. Neste novo trabalho, contando com 10 faixas, Thiago traz toda a versatilidade que o define como músico. “Eu transito em ritmos diferentes, timbres diferentes, tem violão de nylon e percussão, em meio a canções de folk e rock, que é um terreno mais tranquilo de pisar. Conhecido por sua habilidade com a guitarra, pela qual foi elogiado pela revista Guitar Player como um dos grandes guitarristas de sua geração, Thiago apresenta em "Dois" um trabalho que explora tanto o lado roqueiro quanto o mais introspectivo e brasileiro de sua musicalidade. “Existem faixas mais roqueiras, outras mais pops, outras mais brasileiras. É uma grande mistura... essa miscigenação é minha, é nossa", reflete. Curiosidades: Thiago compôs 30 músicas para definir o repertório do álbum. Ao longo do segundo semestre de 2024 foram lançados 5 vídeo clipes, junto dos singles. O vídeo do single Simples Assim foi produzido pela Ponto Final, produtora que tem sua equipe formada só por mulheres. As capas e dos singles foram feitas pelo pintor Manoel Britto, Pernambucano de 75 anos, reside em São Paulo.

 

​Neste mesmo ano surgiu uma parceria especial com Kiko Zambianchi. O cantor e compositor produziu um single de Thiago Juliani, consolidando sua posição como um dos mais interessantes artistas da cena atual.

A prévia do lançamento do álbum “Dois” foi marcada por uma noite especial no Cine Clube Cortina, em São Paulo e teve a participação especial de Kiko.

Faz parte do grupo Os Pitais, ONG idealizada por Anna Butler, onde junto de outros artistas, fazem shows em hospitais e instituições que dão assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade social. Se apresentou com o grupo na segunda e terceira edição do Patfest, festa idealizada por Andreas Kisser (Sepultura). 

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THIAGO JULIANI

©2023 por THIAGO JULIANI

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